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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

A Morte Inventada

Matar alguém que está vivo é algo bastante comum quando casais se separam! Quem mais sofre com isso? Os filhos!
Para quem  estiver passando um por momento como esse ou tem interesse pelo tema, indico assistir  o documentário  A Morte Inventada:



O Poema narrado no documentário retrata as perdas de uma relação entre pai e filha, separados por uma "morte inventada".  É lindo, é profundo, é emocionante:
Alienação Parental de Alan Minas





"Qual será o meu limite? Até onde eu posso ir?
Passamos por aqui inúmeras vezes, minha filha e eu.
Ainda hoje encontro pegadas de sorrisos, encontro também um rastro de conversa boa com pedaços de estórias espalhadas.
São palavras e letras caídas pelo chão.
Brincando riscamos quadrados na terra.
Pulamos desequilibrados num pé só até chegar no céu e chegamos.
Brincamos de correr de costas. O segredo é olhar pra frente para vencer.
Eu sempre perdi.
Nas corrida de folhas ela vencia e perdia.Algumas vezes nós dois empatávamos, perdendo.
Nossas folhas ficavam encalhadas numa pedra ou coisa parecida.
Brincamos de correr e congelar, de estátua. Quem mexesse perdia.
Nessa brincadeira incluímos um novo amigo. Os três a congelar: eu, ela e o tempo, que não entendeu as regras do jogo e seguiu correndo. Depois foi ela que correu. E eu fiquei ali congelado. Todo mundo perdeu.
Só agora, a essa altura da vida fui conhecer o mais amargo dos sentimentos.
A injustiça, é uma onda de 10 metros que te arranca de dentro de si e faz tudo se apagar.
Falta chão, falta ar, falta voz. Você perde o plumo, perde o rumo. Não sabe mais pra onde fica o céu. Por eternos três segundos, você prova o terrível gosto da água do mar, o gosto do sal, da areia e da morte.
A razão e os sentimentos submergem e aflora os seus mais profundos instintos. É você no avesso, primitivo, em carne viva. Esse sentimento veio morar comigo.
Julguei ter encontrado meu limite.
Nada, e ninguém me faria me perder de mim. Não mais brigaria. Mais uma vez estive enganado.
Do convívio levaram o fogão. Da ingenuidade, tiraram as rodas da frente. Do afeto roubaram a pilha. Mesmo assim eu estava pronto para o mínimo. Julguei ter encontrado o meu limite. Nada e ninguém me faria me perder de mim. Não mais brigaria. Ainda restava o mínimo. Um elo entre ela e eu. Único e suficiente, intocável. Isto nos bastava! Uma fresta para se ver, para se falar, para se ouvir, para sentir. Um elo entre ela e eu!
Mas esse elo virou fetiche, território de conquista.
Dele fizeram um adorno, ele ganhou uma orelha, ganhou as ruas e sumiu. Assim o nosso amor virou um brinco. E o elo se foi.
Em apenas um corte, 13 meses se passaram. Sem olhar sem ouvir, sem cheiro sem gosto e sem contato, sem sentido. No fim deste período meu papel mudou.. Como inimigo me vi diante de uma outra menina, que não aquela que não existe mais.
Em apenas um corte.
Tentei ouvir em todas as estórias um pedaço de minha própria estória. Tentei encontrar nas pessoas com quem conversei ,a palavra que eu não soube escrever, a voz que eu perdi.
A minha saudade é um longo corredor esfumaçado de hospital, com piscar de incontáveis vagalumes de ontem. Em alguns casos para se chegar a cura basta levantar a camisa e mostrar onde dói, em outros tem que arregaçar a pele. E mostrar onde dói.
Aqui não cabem nem as palavras, nem o grito, nem a raiva, nem a saudade, nem a angústia, nem o eu.
Qual será o meu limite?
Até onde eu posso ir? Passamos por aqui inúmeras vezes, minha filha e eu.
Ainda hoje encontro pegadas de sorriso. Encontro também um rastro de conversa boa, com pedaços de estórias espalhadas. São palavras e letras caídas pelo chão.
Brincando riscamos quadrados na terra. Pulamos desequilibrados em um pé só, até chegar no céu e chegamos.
Não brincamos de voltar no tempo, esse jogo nós não inventamos, mas posso inventá-lo agora. Regras e número de participantes. O vencedor pode ir ao passado e refazer as coisas que não deram certo, para depois voltar ao presente e descobrir de um jeito melhor que antes. Que as coisas ruins não passaram de um filme triste de cinema, onde basta acender as luzes e descobrir que tudo não passou de ilusão. Mas não foi."

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sábado, 7 de maio de 2016

Sempre Há uma Clarice em Nós

Simplesmente amo Clarice Lispector. Costumo de dizer que tenho muitas Clarices dentro de mim... E já ouvi muitas amigas dizerem o mesmo! Ela consegue extrair o "de-dentro" da gente que por vezes nem nós mesmas conseguimos entender e expressar. 

Se você também adora tudo que essa autora ucraniana já escreveu, se delicie com suas melhores frases escolhidas a dedo para você. 





Adicionar legenda



ANTES DE SER MÃE

Podem ser jovens, idosas, solteiras, casadas, divorciadas, viúvas...

Mães de todo jeito, de toda forma, de diferentes classes, cores, e pensamentos.
Feministas, machistas, ativistas... Todas têm o mesmo desejo:
Ver a felicidade estampada no rosto de um filho! 
Afinal, temos uma vida antes e outra depois de sermos mães.
É disso que fala o texto abaixo.
Dedico, então, a todas as mães que vivem essa segunda vida de forma esplêndida!!!
Em especial à minha admirada mãe!!




Antes de ser mãe eu fazia e comia
 os alimentos ainda quentes.
Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe eu dormia o quanto eu queria e
 nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes.
 Antes de ser mãe eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos
nem pensava em canções de ninar.
Antes de ser mãe eu não me preocupava se
minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram coisas em que eu não pensava.
Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim,
 nem me beliscou sem nenhum cuidado
 com dedinhos de unhas finas.
Antes de ser mãe eu tinha controle sobre a minha mente,
meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
… eu dormia a noite toda…
Antes de ser mãe eu nunca tive que segurar uma criança
 chorando para que médicos pudessem
fazer testes ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos
 olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz
com  uma simples risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas e horas
 olhando um bebê dormindo.
Antes de ser mãe eu nunca segurei uma criança
  por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar
quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina
pudesse mudar tanto a minha vida.
Eu nunca imaginei que pudesse amar alguém tanto assim.
…e não sabia que adoraria ser mãe.
Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação de ter
 meu coração fora do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de alimentar  um bebê faminto.
Eu não conhecia esse laço que existe entre a mãe e a sua criança.
Eu não imaginava que algo tão pequenino pudesse
 fazer-me sentir tão importante.
Antes de ser mãe eu nunca me levantei
à noite a cada 10 minutos para certificar
de que tudo estava bem.
Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor,
a dor e a satisfação de ser uma mãe.
Eu não sabia que era capaz de ter sentimentos tão fortes.
Por tudo e, apesar de tudo, obrigada, Deus,
por eu ser agora um alguém tão
frágil e tão forte ao mesmo tempo.

(Autor Desconhecido)



quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Nessa hora, fique firme!! Tudo isso vai passar!

Tem dias que levantar da cama torna-se um peso!




Problemas e dificuldades mil, dormimos e acordamos sem ânimo, sem vontade de enfrentar a vida. Tudo dando errado, nada se encaixa... A sensação de que nunca seremos felizes se mistura com a certeza de que a felicidade não existe. E assim, só nos resta:




Tempos atrás assisti uma palestra da terapeuta Andréa Mesquita, na qual ela dizia que Felicidade é só questão de ser... (gostei desta definição). Para se chegar essa máxima, Andréa desfilou várias escolas filosóficas que buscavam e/ou buscam explicar o conceito de  felicidade.

E hoje quero te convidar a se libertar um pouquinho destes pesos e tentar entender como e onde podemos encontrar essa escorregadia Felicidade.

A própria Andréa é um exemplo de auto-conhecimento. Mesmo tendo uma baixa visão (visão subnormal), considerou todas as possibilidades para se reconhecer como "um Ser Essencial e integral, [...] à incansável busca de saciar a sede de conhecimento e de crescimento." Esse fato tão logo me despertou uma grande paixão pela palestrante e a vontade de melhor compreender à necessidade que temos em buscar/encontrar a Felicidade.

Voltemos então, para a frase: Felicidade é só questão de ser. E: Para sermos felizes devemos primeiramente nos conhecer. 


Essa autodescoberta é importante para que possamos entender o momento que estamos passando, e sabermos que (com certeza!) é momentâneo, passageiro...  Entender nossos anseios, nossas vontades, o que nos incomoda e nos agrada é a chave (sem clichês) para buscarmos essa danadinha que tanto foge de nossas mãos. Se conhecer é o alicerce para sabermos ser pacientes e enfrentar dias ruins, bem como, saber dar valor e aproveitar dias melhores... Descobrir  o porquê (o sentido) de nossas vidas! Para quê vivo? O que me impulsiona? O que me dá prazer? E o que mais me incomoda? Só assim, saberemos enfrentar os dias ruins, na certeza que nem por isso deixaremos de sermos felizes. 

Escrevi um post que fala exatamente sobre isso: A importância de Se conhecer, se respeitar e de se cuidar! Pessoas que encontram a felicidade só conseguem tal façanha quando se conhecessem a fundo. Quando se conhece alguém fica mais agradá-lo(a), concorda? Então, que isso sirva para nós mesmos. Nos conhecendo melhor, saberemos: Como, quando e de que forma poderemos e seremos felizes! 

Problemas existirão, dificuldades também.. Mas que tal pararmos, respiramos e entregarmos tudo a Deus, ao tempo, ao universo?


Finalizo deixando uma música que nos remete à essa busca da tão sonhada FELICIDADE. A música é leve e vai te fazer bem!




 “[...]Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora fique firme
Pois tudo isso logo vai passar[...]”



O que te faz feliz??

Um beijo no coração de cada um de vocês e SEJAM FELIZES!!


P.S.: Por falar no compositor/cantor, vale a pena ouvir suas outras canções, como: Sonhar, Dar-te-ei, entre outras.