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domingo, 11 de outubro de 2015

Ceda e se Perca!



Este texto é dedicado a todas as mulheres que se perdem na dificuldade em dizer:



Dias desses li um texto na Obvious Magazine intitulado: Seja a Mulher de Sua Vida, o qual é um convite a todas nós, vitimas de meá-culpa e cheias de comiseração, a refletir sobre o ser mulher: 

"[...] simplesmente diga não. Diga não sem culpa, mas não sem educação. Diga não sem culpa... Seja breve na fala e detalhista no pensamento. Mas, não, não seja para os outros… nem por eles. Seja sua e por você. Descubra-se. Entenda-se. Honre-se. Você não nasceu mulher à toa. Você não lutou até agora para nada [...]"

Perfeito, não é mesmo!? Pena que nem sempre permitimos sermos nós mesmas. A mania de ceder, de querer fazer tudo que é bom para o outro, faz com que sempre coloquemos nossas vontades em segundo plano, quiçá, em terceiro... Isso pelo medo de ser taxada de egoísta, e de se sentir rejeitada, mal amada! 

Falando especificamente de uma relação entre homem e mulher, temos a errônea ideia de que, ao realizar tudo que ele deseja fará com que sejamos mais amadas e admiradas. 
Pura ilusão, minhas queridas!

As frases são as mesmas:
“Ah... Faça isso pra mim!... Você deveria deixar de ser assim e ser mais assado... Adoraria ver você fazendo isso! Por que você não faz isso por mim?”
E então... Você faz! Você faz! E você faz!
Até que um dia, você não sabe mais quem você é, do quê gosta, e o que realmente te dá prazer. Claro! Você não existe mais! Você perdeu sua identidade...

Veja, não estou falando de cumplicidade, gentileza, carinho. É claro que precisamos agradar nosso parceiro e vice-versa, renunciar certas coisas em prol do bem da relação, sermos altruísta. Mas, o que não devemos fazer, é ir contra nossas próprias verdades e vontades, unicamente para agradar e satisfazer o outro. Quando algo for contra seus valores e desejos, NÃO CEDA!

Tempos atrás, em uma sessão de terapia, a psicóloga olhou para mim e disse: "Me diga o que mais gosta de fazer?" Acreditem, fiquei uns 5 minutos tentando responder o que me dava prazer... e não conseguia! Eu estava me perdendo. Na verdade, eu não me achava mais...

E ela continuou: "Eu também não enxergo você!" "Você sempre está em um outro papel, representando uma outra figura. Seja como mãe, mulher, estudante e ou uma profissional, dedicada e comprometida."
Essas palavras mexeram comigo. Não que eu deveria deixar de ser tudo isso, mas que eu não me perdesse nisso tudo. Dá pra entender? 
A partir daí, prometi a mim mesma que iria cuidar mais de mim. Não iria ceder a tudo tão facilmente! Iria ter que aprender a dizer um simples e fechado: NÃO!

Até comecei bem... Me esforcei ao máximo! Mas, quando percebi, estava novamente cedendo e, consequentemente, perdendo minha individualidade...

Até que um dia, tive aquele momento chamado a gota d’água, sabe!? Eu já tava prestes a fazer algo tão somente para agradar a outra pessoa. E não, eu não queria fazer! Mas para evitar brigas e sessões de persuasão sem fim, resolvi ceder... 

Só que aquilo me angustiava de tal maneira que comecei a sentir uma tristeza profunda e uma sensação de submissão, de falta de amor-próprio sem fim... 
As sensações contra mim mesma eram tão intensas que comecei sentir uma forte dor no estômago (sempre que algo me atinge, meu terceiro chacra sofre). Aquilo estava se transformando em um processo psicossomático

E neste momento, busquei forças dentro de mim e falei: Não quero fazer isso!
Essa frase resultou em silêncios constrangedores à discussões acirradas. Mas, nada daquilo tirava a leveza e paz que eu começava a sentir!

Acredito muito naquela frase de Beethoven "[...] todo mal traz consigo algum bem.” 
E foi a partir daquele dia que aprendi a dar mais valor às minhas vontades, concepções de vida e desejos.  Estou bem mais feliz agora, obrigada! 
Sim, ás vezes tenho algumas recaídas, mas bem menos do que antes, pois a cada dia volto meu olhar para minhas vontades e busco pelo meu amor-próprio!
  
Espero que você, minha amiga, possa também fazer o mesmo. Se não conseguir, busque dentro de você essa mesma força que encontrei. Ela está lá, acredite! E se em outras vezes fraquejar, não se condene. Da próxima vez você consegue!

Dizer um: Não! Não vai fazer o mundo desmoronar. Siga firme e busque agradar a si mesma! Seja a mulher que você gostaria e acha que deve ser! Não ceda e se encontre!!!





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Beijos e até a próxima!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Uma Aula Diferenciada

Dias destes assisti uma aula em Educação na UFBA que me fez refletir o quanto evoluímos, mesmo meio à controvérsias, com relação ao processo ensino-aprendizagem em sala de aula. No meu tempo de aluna de escola pública com um ensino bastante tradicional, seria impossível imaginar que um dia iria participar de uma aula assim...

Nessa cine aula, assistimos um documentário argentino intitulado A Educação Proibida, o qual recomendo a todos os pais e educadores:


Pois bem, ao assistir o filme, era permitido dentro da sala de aula tudo que uma escola tradicional jamais aceitaria. Afinal, dá para imaginar, assisti um filme teclando em um chat, comendo pipoca, salgadinhos, com sucos e pirulitos?




No primeiro instante, fiquei um pouco perdida. Afinal, sempre fui ensinada a assistir um filme em silêncio para não perturbar o colega. Fazer anotações, quando possível, em um caderninho, e depois escrever uma resenha... Era sempre assim!

Mas nessa aula, não! Ao invés de fazermos aquele silêncio total, teclamos durante todo o filme em um chat, e nesse ambiente virtual, relatamos nossas impressões sobre o documentário e as teorias apresentadas. Apesar nunca ter participado de um momento assim, logo me adaptei à dinâmica da aula, e quando percebi, estava totalmente confortável e, para minha surpresa, não menos concentrada no filme.

Essa prática, ao meu ver, faz percebermos o quanto podemos quebrar paradigmas com relação a tantas coisas ditas como "proibidas" em uma escola e que na verdade são meras definições enrustidas dentro de retrogrado sistema educacional.

Afinal, por que não podemos comer dentro da sala, enquanto assistimos uma aula? Por que não transformar este ambiente em um lugar aconchegante, com cafezinhos, lanches e, consequentemente, uma boa interação?

Teme-se perder o controle, o respeito e a seriedade de um local destinado ao estudo. Mas, essa experiência tão bem nos mostrou o quanto podemos ter uma aula prazerosa e não menos produtiva!

Por isso, faço um pedido a todos professores:
Não tenham receio de levar lanchinhos e de vivenciar momentos tão agradáveis com seus alunos. Seja para assistir um filme, seja para trabalhar em grupos... Aproveite e se delicie com eles enquanto desvendam o conhecimento!

E que tenhamos mais aulas proibidas como está em nossas escolas e universidades!!!


Para finalizar, compartilho com vocês algumas citações pertinentes apresentadas no documentário:


“O inventor da lâmpada elétrica (Thomas Edison) teve mais de mil tentativas falidas antes de fazer funcionar a lâmpada. Quando um jornalista lhe perguntou o que sentia ao fracassar mil vezes, ele respondeu: ‘Não fracassei mil vezes, a lâmpada elétrica é um invento de mil passos’. Igual a uma descoberta científica, a educação informal é o resultado de um processo profundamente caótico, onde o homem procura uma ordem causal lógica, passando do caos à ordem alternadamente. Mas esta aprendizagem nasce da pergunta no caos, não de uma resposta numa ordem”.

"Escolher o que fazer vai lhe ajudar a se dar conta do que mais necessita escolher..., de repente, tem no final de seu processo uma ideia mais clara de si mesmo. A criança vai encontrando caminhos para sua vida futura e tem a certeza de que, seja sapateiro ou seja médico, vai se dar bem; se ela o faz com todo o amor, e toda a arte e toda a entrega possível, me entende?”

"Todo mundo fala de paz, mas ninguém educa para a paz. As pessoas educam apenas para a competição e a competição leva à guerra." ( Pablo Lipnizky )

"Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos, prestativos e responsáveis possa mudar o mundo. Na verdade, é assim que tem acontecido sempre." ( Margaret Mead )

"A liberdade real virá quando nós nos libertarmos da dominação da educação ocidental, da cultura ocidental, e do modo de vida ocidental." ( Mahatma Gandhi )