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terça-feira, 28 de abril de 2015

Você é um Cyborg! (mesmo sem saber)

Quem se  lembra  do seriados: A Mulher BiônicaO Homem de Seis Milhões de dólares - com lançamento nos cinemas em 2016. E o que eles tinham em comum?
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Ambos tinham implantes biônicos em seus corpos que faziam com que eles tivessem capacidades mais desenvolvidas do que outros humanos, como por exemplo correr 160km/h. Eram Cyborgs! Podemos aqui citar vários tipos de Cyborgs explorados pelo cinema. Mas fiquemos em só mais um exemplo desta fusão homem/máquina: o Robocop. Esse com certeza é conhecido.


Mas afinal, o significa Cyborg ou Ciborgue?

Cyborg foi um termo inventado por Manfred E. Clynes e Nathan S. Kline em 1960 para se referir ao "homem ampliado". Ou seja, aquele que incorpora componentes externos ao corpo para melhorar sua condição de vida.

Desta forma, poderíamos dizer que Cyborg é tudo que se relaciona a próteses, medicamentos, implantes que potencializam nossa vida. Até a maquiagem que nos modela... Ao usarmos tudo isso, estamos buscamos a tecnologia a nosso favor, e se a usamos e já não podemos dizer que somos genuínos, naturais.

Donna Haraway, filosofa e criada da Ciborgologia vai além, para ela Cyborg:
 "[..] é máquina e organismo, uma criatura ligada não só à realidade social como à ficção. (...) criaturas simultaneamente animal e máquina que habitam mundos ambiguamente naturais e construídos[..]"
Desta forma, podemos dizer que, mesmo que não sejamos tão biônicos como os personagens citados acima, somos Cyborgs!!!

Isso é bem mais real do que você imagina, acredite! Afinal, quem usa óculos ou lentes de contato, algum parafuso ou prótese no corpo e ou utiliza um marca-passo por exemplo, está de alguma forma tirando proveito de algum recurso tecnológico para melhorar sua vida. Concorda?











Pois bem, sendo assim podemos dizer que esse organismo cibernético seria a interface entre a máquina e o ser humano. E essa fusão programada poderia ser caracterizada, segundo André Lemos como um corpo ampliado, transformado partir das possibilidades técnica de introdução de micro-máquinas.

Para finalizar, vale dizer que a medicina é uma das maiores disseminadoras deste grande recurso tecnológico, pois é, talvez, a ciência que mais se beneficia de todos seus artefatos. E para ilustrar isso, indico como leitura uma matéria que aborda a importância do Cyborg para avaliar reações humanas a medicamentos. Espero que gostem! Até a próxima...

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sem falsas ideologias, por favor!

É comum falarmos sobre ideologia, mesmo que nem sempre saibamos ou somos tão precisos ao usar tal termo. Isso porque existem vários conceitos, crenças e concepções ao redor de um tema, para mim, tão subjetivo. Eu, por exemplo, quando ouço ou vejo a palavra ideologia, logo lembro-me da música do cantor e compositor Cazuza que diz “Ideologia, eu quero uma pra viver!”.




 Na verdade, ao analisar a letra da música, o poeta quer dizer o contrário: "Eu não preciso disso para viver!" E faz uma crítica a tudo ou a todos que nos propõe algo real, baseado em idéias independentes, “condenadas” e mal elaboradas para influenciar à vida em sociedade. Então, podemos questionar: Precisamos dessas idéias “elaboradas” para explicar nossa realidade? 

Essa ideologia poetizada por Cazuza é baseada em idéias desconhecidas do real e realmente não faz falta a nossa sociedade. A função da ideologia é dar à uma sociedade dividida em classes uma explicação racional para tais diferenças sociais. Muito mais do que idéias elaboradas, a ideologia seria uma teoria crítica para explicar e/ou representar a luta de um povo.

Neste sentido mais marxistaMarilena Chauí, em seu livro O que é Ideologia, diz ser praticamente impossível entender o significado de ideologia, sem saber sobre a história dessa sociedade e sua luta de classes.

O vídeo O perigo de uma única história, da escritora nigeriana Chimamanda Adichie , é um exemplo dessa ideologia baseada na luta de classes. Adichie, oriunda de uma classe considerada de pessoas negras, famintas, sem educação, e sem perspectiva de vida, nos conta a história de como ela se encontrou meio a tantas histórias sobrepostas sobre sua vida e sua cultura, e nos adverte sobre o perigo de acreditar nas várias “versões” de uma única história sobre outra pessoa ou país. 

Segundo ela, corremos o risco do mal-entendido, quando diz que “uma única história cria estereótipos, e o problema com estereótipos não é que eles não sejam verdadeiros; eles são incompletos” e de como somos “impressionáveis” e “vulneráveis” perante essa única história. São crenças, opiniões e idéias conceituadas sem se saber as causas e os motivos e sem avaliar se são coerentes e verdadeiras. 

Falar sobre o conceito de história, principalmente quando se trata da história de cada um, é algo bem complexo, se não, perigoso. Adichie, assim como muitos de nós, principalmente os estereotipados, sofrem com essas histórias imaginárias. 

Um exemplo clássico disso é o preconceito que os nordestinos sofrem pelos sulistas. Sou nordestina e isso me incomoda muito. Incomoda, por saber como uma única história é formada a partir de versões deformadas, seguidas de (pre)conceitos que denominam nós nordestinos como um "povo burro".

É a historia contada por muitos que segue-se sendo como a única. É o perigo de se acreditar em uma única história contada por quem nunca a viveu ou não a vive. Assim, seguimos vivemos em uma enraizada ideologia, na qual, nossas vidas, nossas culturas são sobrepostas por pessoas que as idealizam sem antes buscar entendê-las.

Uma vida sem falsas ideologias para você!!

Veja o vídeo de Chimamanda Adichie abaixo:






segunda-feira, 6 de abril de 2015

Laços humanos e redes sociais na visão Baumaniana



O Sociólogo Zygmunt Bauman faz um comparativo entre o inicio do século e o mundo pós-moderno, quando diz que a vida era bem mais consistente do que essa em que vivemos. Hoje, nossos hábitos e estilos mudam a cada segundo. 

Tendemos a redefinir tudo, temos uma "vida feita de episódios", de inconstâncias. Essa fragmentação da vida humana também é citada por Milton Santos quando diz que “[...] a necessidade e a liberdade dá-se pela luta entre uma organização coercitiva e o exercício da espontaneidade. O resultado é a fragmentação.“ 

A fragmentação do sujeito, a impossível unidade do “eu”, são características marcantes deste novo mundo.





Bauman também fala sobre a maior dificuldade da sociedade atual: As relações sociais em vidas On-line e Off-line. A conexão e a desconexão acabam invadindo as esferas do mundo off-line, fazendo com que relações também se tornem fáceis de “conectar e desconectar” aos outros indivíduos.
"O mundo virtual é extremamente atrativo na medida em que é possível estabelecer conexões com muita facilidade e desfazê-las na mesma proporção, fazendo com que tudo seja 'breve, superficial e descartável'.”, diz Bauman.
E você, consegue viver uma vida off-line? 
Qual sua opinião sobre o mundo virtual e o real?  
Deixe o seu comentário! :)

LAN House - Quem ainda frequenta?


O termo LAN House surgiu na década de 90, na Coreia do Sul, local com apenas apenas dois computadores, tornou-se primeiro Cibe Café do mundo, para, somente após 10 anos aparecer aqui no Brasil.  




Este local destinado para vários fins, ficou mais conhecido por ser um lugar onde grupos de adolescentes se juntavam para jogar multiplayer

Depois, o acesso à internet em casa ficou mais barato, assim como os computadores, e hoje, esses mesmos jovens conseguem jogar o mesmo game com os mesmos amigos, mas cada cada um em sua casa. As pessoas que também frequentavam estes espaços para acessar a internet, hoje em dia já têm seu próprio PC ou smart phone.

Mas então, O que aconteceu com as LAN houses?


https://lanhousedofuturo.files.wordpress.com/2010/04/lan-house2.jpeg

Acredito que novo público surgiu para este tipo de serviço. Como tudo se transformar e se adequa, as LAN Houses passaram por uma mudança total de público-alvo. Atualmente, os que ainda frequentam vão outras diferentes necessidades. Afinal, quem nunca precisou imprimir um boleto ou acessar um e-mail com urgência quando se estava fora de casa? Eu mesma já passei por situações assim e confesso o quanto fiquei aliviada quando encontrava uma LAN House por perto. 

 Mas, para finalizar, é sempre é bom lembrar sobre os riscos de se conectar em LAN Houses.  Acesse o link abaixo e veja as dicas para manter-se seguro nestes ambientes:

Dez mandamentos para usuários de lan houses