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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Nativos Digitais - A Relação entre Professor e Aluno


nativo digital 1
Hoje, vamos falar de nossos nativos digitais. Pais e educadores de jovens nascidos a partir da década de 80, sabem do que estou falando. Afinal, parece que eles já nascem sabendo usar um mouse.


Nativo digital, seria então, no sentido mais amplo, pessoas portadoras de um saber que tende assimilar com mais rapidez o manuseio de tecnologias.


Esse termo foi criado pelo escritor e educador norte-americano Marc Prensky, um dos estudiosos mais renomados na área de Educação e Tecnologia.



Para Prensky, Nativos digitais e Imigrantes digitais são termos que explicam as diferenças culturais entre os que cresceram na era digital e os que não. Os estudantes de hoje não são mais as pessoas para os quais o nosso sistema de educação foi desenvolvido.


Desta forma, no contexto escolar, a diferença entre gerações - nativo digital  x imigrante digital - trás implicações para a interação professores X alunos. Já que essa nova geração de estudantes requer novas formas de aprender.  Por isso os professores deverão (re)aprender a aprender e (re)aprender a ensinar.

"Para que a tecnologia tenha efeito positivo no aprendizado,
o professor primeiro tem de mudar o jeito de dar aula"



Por isso, a importância dos professores trazerem para sala de aula recursos multimídias, visando aulas mais lúdicas e interessantes para os alunos. Afinal, as novas tecnologias já existem dentro da escola, ainda que escondidas nos bolsos dos alunos na forma de um smartphone.





segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Software da Liberdade


Você sabe o que é Software Livre?

Segundo a Free Software Foundation  Software Livre é qualquer programa que pode ser copiado, usado, modificado e redistribuído de acordo com as necessidades de cada usuário. Em outras palavras, o Software é considerado livre quando atende a esses quatro tipos de liberdades definidas pela fundação:

0. Liberdade para executar
1. Liberdade para estudar
2. Liberdade para redistribuir
3.Liberdade para modificar

Baseado em tais conceitos, com o software livre podemos ter acesso a conteúdos abertos, sem necessidade de pedir qualquer permissão do proprietário do programa, possibilitando assim maior inclusão digital, maior liberdade de expressão e conhecimento livre para compartilhar ideias.

Assim, software livre é uma questão de liberdade!



Para Maria Helena Silveira Bonilla, isso vai além de programa de liberação do seu código-fonte. Falar em software livre significa falar em democratização do acesso à tecnologia e ao conhecimento.



"[...] caracteriza-se como um movimento social, que se situa no plano político, e tem a liberdade como princípio fundamental. O grande objetivo é facilitar o acesso das pessoas ao conhecimento que está implicado nesse produto e em seu processo de desenvolvimento [...]"


Para melhor explanar sobre o assunto, trago para vocês um vídeo bastante informativo sobre o libertário software. Espero que gostem!:)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

O Suicida do Trem

Independente de crença ou religião, qualquer um que tira a própria vida merece nossa oração!
Independente de crença ou religião, uma oração a favor de outrem sempre será um ato de amor!



"Eu nunca me esquecerei que um dia havia lido num jornal acerca de um suicídio terrível, que me impactou: um homem jogou-se sobre a linha férrea, sob os vagões da locomotiva e foi triturado. E o jornal, com todo o estardalhaço, contava a tragédia, dizendo que aquele era um pai de dez filhos, um operário modesto.

Aquilo me impressionou tanto que resolvi orar por esse homem. Tenho uma cadernetinha para anotar nomes de pessoas necessitadas. Eu vou orando por elas e, de vez em quando, digo: se este aqui já evoluiu, vou dar o seu lugar para outro; não posso fazer mais.

Assim, coloquei-lhe o nome na minha caderneta de preces especiais - as preces que faço pela madrugada. Da minha janela eu vejo uma estrela e acompanho o seu ciclo; então, fico orando, olhando para ela, conversando. Somos muito amigos, já faz muitos anos. Ela é paciente, sempre aparece no mesmo lugar e desaparece no outro.

Comecei a orar por esse homem desconhecido. Fazia a minha prece, intercedia, dava uma de advogado, e dizia: Meu Jesus, quem se mata (como dizia minha mãe) "não está com o juízo no lugar". Vai ver que ele nem quis se matar; foram as circunstâncias. Orava e pedia, dedicando-lhe mais de cinco minutos (e eu tenho uma fila bem grande), mas esse era especial.

Passaram-se quase quinze anos e eu orando por ele diariamente, onde quer que estivesse. Um dia, eu tive um problema que me fez sofrer muito. Nessa noite cheguei à janela para conversar com a minha estrela e não pude orar. Não estava em condições de interceder pelos outros.

Encontrava-me com uma grande vontade de chorar; mas, sou muito difícil de fazê-lo por fora, aprendi a chorar por dentro. Fico aflito, experimento a dor, e as lágrimas não saem. (Eu tenho uma grande inveja de quem chora aquelas lágrimas enormes, volumosas, que não consigo verter). Daí a pouco a emoção foi-me tomando e, quando me dei conta, chorava.

Nesse ínterim, entrou um Espírito e me perguntou: Por que você está chorando? Ah! Meu irmão - respondi - hoje estou com muita vontade de chorar, porque sofro um problema grave e, como não tenho a quem me queixar, porquanto eu vivo para consolar os outros, não lhes posso contar os meus sofrimentos. Além do mais, não tenho esse direito; aprendi a não reclamar e não me estou queixando.

O Espírito retrucou: Divaldo, e se eu lhe pedir para que você não chore, o que é que você fará? Hoje nem me peça. Porque é o único dia que eu consegui fazê-lo. Deixe-me chorar! Não faça isto, pediu. Se você chorar eu também chorarei muito.

Mas por que você vai chorar? perguntei-lhe: Porque eu gosto muito de você. Eu amo muito a você e amo por amor. Como é natural, fiquei muito contente com o que ele me dizia.

Você me inspira muita ternura - prosseguiu - e o amo por gratidão. Há muitos anos eu me joguei embaixo das rodas de um trem. E não há como definir a sensação da eterna tragédia. Eu ouvia o trem apitar, via-o crescer ao meu encontro e sentia-lhe as rodas me triturando, sem terminar nunca e sem nunca morrer. Quando acabava de passar, quando eu ia respirar, escutava o apito e começava tudo outra vez, eternamente.

Até que um dia escutei alguém chamar pelo meu nome. Fê-lo com tanto amor, que aquilo me aliviou por um segundo, pois o sofrimento logo voltou. Mais tarde, novamente, ouvi alguém chamar por mim. Passei a ter interregnos em que alguém me chamava, eu conseguia respirar, para aguentar aquele morrer que nunca morria e não sei lhe dizer o tempo que passou.

Transcorreu muito tempo mesmo, até o momento em que deixei de ouvir o apito do trem, para escutar a pessoa que me chamava. Dei-me conta, então, que a morte não me matara e que alguém pedia a Deus por mim. Lembrei-me de Deus, de minha mãe, que já havia morrido. Comecei a refletir que eu não tinha o direito de ter feito aquilo, passei a ouvir alguém dizendo: "Ele não fez por mal. Ele não quis matar-se." Até que um dia esta força foi tão grande que me atraiu; aí eu vi você nesta janela, chamando por mim.

Eu perguntei - continuou o Espírito - quem é? Quem está pedindo a Deus por mim, com tanto carinho, com tanta misericórdia? Mamãe surgiu e esclareceu-me: “É uma alma que ora pelos desgraçados. Comovi-me, chorei muito e a partir daí passei a vir aqui, sempre que você me chamava pelo nome. (Note que eu nunca o vira, face às diferenças vibratórias.)

Quando adquiri a consciência total - prosseguiu ele - já se haviam passado mais de catorze anos. Lembrei-me de minha família e fui à minha casa. Encontrei a esposa blasfemando, injuriando-me:
"Aquele desgraçado desertou, reduzindo-nos à mais terrível miséria. A minha filha é hoje uma perdida, porque não teve comida e nem paz e foi-se vender para tê-los. Meu filho é um bandido, porque teve um pai egoísta, que se matou para não enfrentar a responsabilidade. Deixando-nos, ele nos reduziu a esse estado."

Senti-lhe o ódio terrível. Depois, fui atraído à minha filha, num destes lugares miseráveis, onde ela estava exposta como mercadoria. Fui visitar meu filho na cadeia. Divaldo - falou-me emocionado - aí eu comecei a somar às "dores físicas" a dor moral, dos danos que o meu suicídio trouxe. Porque o suicida não responde só pelo gesto, pelo ato da autodestruição, mas, também, por toda uma onda de efeitos que decorrem do seu ato insensato, sendo tudo isto lançado a seu débito na lei de responsabilidades.

Além de você, mais ninguém orava, ninguém tinha dó de mim, só você, um estranho. Então hoje, que você está sofrendo, eu lhe venho pedir: em nome de todos nós, os infelizes, não sofra! Porque se você entristecer, o que será de nós, os que somos permanentemente tristes? Se você agora chora, que será de nós, que estamos aprendendo a sorrir com a sua alegria? Você não tem o direito de sofrer, pelo menos por nós, e por amor a nós, não sofra mais.

Aproximou-se, me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e chorou demoradamente. Igualmente emocionado, falei-lhe: Perdoe-me, mas eu não esperava comovê-lo.

São lágrimas de felicidade. Pela primeira vez, eu sou feliz, porque agora eu me posso reabilitar.
Estou aprendendo a consolar alguém. E a primeira pessoa a quem eu consolo é você."

Divaldo Franco

Do Livro: O Semeador de Estrelas de Suely Caldas Schubert