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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Não, não tenho que ser magra!!

Dias destes, em busca de material para um post sobre Artes, encontrei a imagem abaixo do artista plástico francês Auguste Renoir, grande representante do Impressionismo, totalmente "lipoaspirada" em um site de propaganda de cirurgia plástica:



http://virusdaarte.net/wp-content/uploads/2013/11/alquimia123.png

AS BANHISTAS - 1887


[corpo_06.jpg]

                                                  AS BANHISTAS LIPOASPIRADAS

Mesmo reconhecendo tamanha criatividade do site, é fácil perceber a massificante propaganda estereotipada do culto ao corpo perfeito que o mesmo promove. Especificamente ao público feminino, o texto não verbal considera que a mulher, no mundo atual, para se sentir desejada, amada e de bem com a vida precisa ser magra!!

















 
Propaganda como essa e tantas outras presentes na mídia de modo geral faz com que a frase: "Eu odeio meu corpo!" seja dita por milhares de mulheres em todo o mundo. Mulheres que não mais se aceitam, que não mais se respeitam, exatamente por se sentirem "diferentes" do padrão exigido pela sociedade em geral.

Não estou dizendo que devemos negligenciar nossa saúde e não buscarmos sentirmos lindas e maravilhosas. Precisamos e devemos fazer uso de uma dieta saudável, praticar atividade física, cuidar do corpo e todas essses hábitos saudáveis... Mas, que isso seja feito com limites, respeitando o nosso biotipo, a nossa composição física. O cuidado que devemos ter com nós mesmas tem que vir de exatamente deste respeito e do limite que nosso corpo pede. Tem que vir de dentro e não ditado por alguém.





O que ressalto aqui, é que, diante dessa grande expansão dos meios de comunicação e do fácil acesso de pessoas a esses meios, fica cada vez mais evidente a busca de uma imagem narcisista através do exacerbado consumo de loções e tratamentos estéticos milagrosos, dietas mirabolantes e de várias cirurgias plásticas. Tudo isso propagado principalmente pela massificação e ampliação da mídia (padrão apresentado nas novelas, cinema, publicidades das páginas de revistas e outdoors) resultando em novos valores da cultura de consumo, lançando ideias de estilos de vida. 

O poder que a arte virtual tem nos dias de hoje, principalmente no que diz respeito a beleza física, faz, tão ditatorialmente, que busquemos uma superficial, preconceituosa e implacável obsessão pela beleza e pela perfeição, Por vezes, esse o processo é tão patológico que acaba se transformando em vigorexia.

Para dizer NÃO! a todo esse estereótipo de mulher magra, precisa-se ter uma coragem hercúlea! Já que, hoje em dia, assumir as "(im)perfeições" discriminadas por muitos, sem se sentir marginalizada ou banalizada é para quem tem a "ousadia" de se amar e de se respeitar. Primeiro, como ser humano. Segundo, como mulher!


Como reflexão (in)conclusiva, já que esse assunto merece ser discutido exaustivamente, deixo um vídeo que a cantora húngara Boggie lançou como forma e protesto contra toda essa ditadura da beleza imposta pela mídia e para explicitar que nem sempre o que vimos é real.

Até quando poderemos ser nós mesmas, sem simulações e "falsa" realidade?




Ah.. aproveite e se delicie com a música, que é linda! :)

Uma vida sem photoshop para você!!

6 comentários:

Iago Ícaro disse...

Adoreeeei !

Syrla Rosa disse...

Obrigada, Iago Ícaro. 😊

Unknown disse...

Show de matéria!
Parabéns!!!

Net disse...

👏👏👏👏Parabéns!! Muito boa, seríamos bem mais felizes,se todos pensassem assim.

Syrla Rosa disse...

Que bom que gostou, Rogeldo! Obrigada! :)

Syrla Rosa disse...

Com certeza, Net, ser feliz e ser magra tem que partir de nós e por nós decidido. Não precisamos nos rotular para isso. Sejamos nós mesmas, sempre! Um beijo grande!